Há 40 anos ao serviço da cultura tradicional portuguesa, defendendo os usos e costumes dos nossos antepassados e contribuindo assim para uma melhor definição da nossa identidade no presente e no futuro!

13
Jul 10

A noite de 12 de Julho de 2010 foi particularmente difícil para o Rancho Folclórico dos Soutos.

 

Nesta noite fomos tomados de assalto por uma terrível notícia.

 

A nossa amiga Odete sofreu um trágico acidente de viação e não resistiu.

 

Nunca há grandes palavras nestas situações...

 

O Rancho Folclórico dos Soutos está em luto profundo e apenas nos resta utilizar este espaço para prestar uma digna homenagem a um dos elementos mais alegres e bem-dispostos do Grupo.

 

Numa altura em que estamos na recta final da preparação de mais um festival de folclore, este ano inserido nas comemorações dos nossos 40 anos, fomos invadidos por uma vontade inata de desistir...

 

Mas não podemos!

 

Recordamo-nos do sorriso da Odete, da sua alegria a dançar, do seu amor ao rancho e ao folclore e concluímos, NÃO PODEMOS DESISTIR!

 

No próximo sábado, teremos, mais uma vez, um GRANDE Festival e dedicá-lo-emos ao sorriso da nossa Odete.

 

Para já, aqui fica uma pequena homenagem a alguém que foi e será sempre tão importante para o Rancho Folclórico dos Soutos.

 

 

As tuas gargalhadas ficarão para sempre nas nossas memórias.

 

  

Obrigado por nos teres contagiado com elas, tantas vezes!

 

  

Obrigado por teres existido nas nossas vidas!

 

  

Descansa em paz, bem o mereces!

 

 

 

Até sempre, Odete!

 

 

 

Rancho Folclórico dos Soutos

 

 

 

O Teu Riso


Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.

Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria ,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.

A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.

Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.

À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera , amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.

Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.

                                                        Pablo Neruda

publicado por Rancho Soutos às 11:55

Valentim,

agora, mais do que nunca, tens de reunir todas as tuas forças e lutar! Não consigo sequer imaginar o tamanho da tua dor, mas não deixes que ela te tire do caminho que a tua mãe queria para ti.

Agora, mais do que nunca, tens de lutar para que a tua mãe, onde quer que esteja, tenha orgulho no seu rico filho, na pessoa que foi e será sempre a MAIS IMPORTANTE para ela!

Transforma a tua dor, não em revolta, mas em força para fazeres com que a tua mãe continue a sentir-se honrada por ser ela a tua mãe e se sinta feliz e em paz.

Não fiques revoltado porque isso só te leva para maus caminhos. Nem tentes perceber o porquê das coisas... Ninguém tem respostas concretas para te dar... Aceita, simplesmente, e pensa que, se pelo passado já não podes fazer, o futuro é todo teu... E o futuro pode não ser fácil, mas tu consegues, nós confiamos em ti, assim como ela confia.

E quando te faltarem as forças, pensa nas gargalhadas dela e lembra-te que ela está sempre contigo e a olhar por ti.

Temos a certeza de que não a irás desiludir.

Se precisares de nós, Rancho dos Soutos, estaremos sempre, sempre, disponíveis para ti.

Força Valentim, sabemos que consegues!

Um beijinho

Liliana Oliveira
Liliana Oliveira a 14 de Julho de 2010 às 12:21

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